Marketing Nutricional pode ser considerado questão de saúde pública e ferramenta para reeducação alimentar
O mercado da nutrição e da alimentação saudável caminha a passos largos. Podemos enxergar com nitidez as mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros que estão cada vez mais preocupados com um estilo de vida mais saudável.
As marcas percebem os novos rumos do mercado e passam a investir no marketing nutricional como estratégia, a fim de conquistar a preferência dos consumidores. “O marketing nutricional é uma estratégia inovadora. O objetivo é fornecer ao consumidor informações de caráter nutricional sobre produtos, possibilitando que ele encontre argumentos para escolher conscientemente aquilo que se adapta ao seu estilo de vida”, afirma o diretor da Agência E4, Gustavo Negrini.
O marketing nutricional é baseado em dois pilares; na divulgação de informações nutricionais nos rótulos dos alimentos e na propaganda nutricional. Atualmente, fazer publicidade de produtos saudáveis para alimentos industrializados é um dos grandes desafios das agências, já que os consumidores precisam assimilar aquilo que realmente tem caráter positivo.
“As informações quando bem formuladas e veiculadas são importantes ferramentas no processo de educação alimentar da população”, argumenta Gustavo. A informação nutricional pode ser inclusive considerada questão de saúde pública quando há adequada orientação dos consumidores ao mesmo tempo em que promove a troca de valores entre cliente-marca.
De acordo com Gustavo, o que torna o marketing nutricional bem sucedido são as informações confiáveis e comprováveis. “Na E4, por exemplo, todo o conteúdo utilizado em qualquer uma das ferramentas do marketing nutricional é produzido por nutricionistas, promovendo a informação de forma confiável e correta” ele afirma.
Alimentos Funcionais
O marketing voltado para os alimentos funcionais possui gestão, objetivos e características diferentes em relação aos alimentos convencionais. É necessário conhecer o perfil do público que permeia entre os segmentos dos sofredores, dos consumidores “em risco” e dos consumidores prevenção.
No processo de decisão de compra desse tipo de alimento, os nutricionistas e profissionais da saúde aparecem no processo de decisão como importantes influenciadores. “É por isso que o papel desses profissionais entra como estratégia de comunicação”, aponta Gustavo.
A Agênca E4 promove eventos voltados para esse público final, entre eles o Meeting de Nutrição Esportiva, o Meeting de Nutrição Estética, o Gluten Free Brasil e o Lifestyle Summit Brazil.
A indústria do bem-estar deve ser aliada dos profissionais de saúde com relação ao fornecimento de informações completas e confiáveis ao público. Isso auxilia no esclarecimento de dúvidas dos consumidores e promove o “marketing do bem” a favor de uma alimentação mais saudável.
Dados do mercado
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Euromonitor, o mercado movimentou R$ 35 bilhões em 2014. As vendas praticamente dobraram, atingindo a taxa de 98%. A pesquisa também revelou que 28% dos brasileiros consideram o valor nutricional mais importante na hora de consumir um produto, enquanto 22% dá preferência a alimentos naturais e sem conservantes. O crescimento da E4 caminha lado a lado a este cenário. Empresas precisam investir no Marketing Nutricional, especialidade da agência, para se destacar no mercado e conscientizar o consumidor que a alimentação saudável é o caminho para o bem-estar.
Os números apontam que o Brasil vive um momento de transição quando o assunto é alimentação. Outra pesquisa realizada pela Proteste Associação de Consumidores mostrou que 94% dos entrevistados estariam dispostos a consumir mais produtos orgânicos se a oferta fosse maior. Além disso, 40% disseram que pagariam até 5% a mais em alimentos orgânicos e que garantissem o bem-estar animal.
Mais da metade dos entrevistados (51%) afirmou que reduziu a compra de doces e sobremesas. Já 37% compraram menos carne vermelha e 32% menos bebidas adoçadas, como refrigerantes. Por outro lado, colocaram no carrinho mais frutas (38%), mais legumes e verduras (32%) e mais peixes (33%).
Estes já são os resultados colhidos por empresas alimentícias e profissionais de marketing que têm absorvido as tendências atuais de gostos e necessidades do consumidor, lançando produtos e serviços que atendem a tais expectativas.
Por: Gabriela Martins