Embalagem x Sustentabilidade
Um dos pilares da E4 é a sustentabilidade, e essa tem sido uma questão cada vez mais presente na organização dos seus eventos: o impacto ambiental.
É fundamental que as marcas e os estabelecimentos estejam dentro dos padrões e conheçam dados e tendências buscadas pelo consumidor e mercado quando se trata de embalagens.
Em 2016, a ABRE (Associação Brasileira da Embalagem) publicou uma cartilha com Aspectos Ambientais no Projeto e Desenvolvimento da Embalagem. Entre as questões, há duas que devem ser consideradas na embalagem: o ciclo de vida,
em que abrange todo o processo de produção até o momento de descarte, e o produto, que é basicamente o que está dentro
do recipiente.
O texto conta que em cada estágio dessas duas etapas é necessário considerar quais efeitos podem gerar impacto negativo
no meio ambiente. Diante disso, trocas de materiais, busca por novos processos de produção, entre outras alternativas são necessários. Conhecer bem a matéria-prima que será utilizada e a sua fabricação também é um passo importante para garantir um resultado final seguro, sem agredir o meio ambiente.
De acordo com a ABRE, todos os profissionais, desde o engenheiro até o designer, que forem dar continuidade ao projeto
de uma empresa precisam estar conscientes da proposta sustentável inicial para garantir a integração do resultado final.
Confira alguns dos tópicos que estão na cartilha:
– Utilizar materiais que não são tóxicos.
– Diminuir o peso das embalagens.
– Priorizar fontes renováveis.
– Ter alguma das alternativas de reaproveitamento da embalagem (retornável, reaproveitável ou reciclável).
– Utilização dos selos corretos e comunicação que indique os materiais recicláveis.
– Buscar opções de rótulos que também possam ser reciclados com a embalagem.
Criatividade também é o ponto para que ações de responsabilidade ambiental aconteçam. E as trocas inteligentes dão destaque a estabelecimentos que estão à frente do tempo quando se trata de sustentabilidade.
Uma empresa espanhola chamada Laser Foods desenvolveu uma técnica que substitui o uso de rótulos em frutas ou legumes.
A marca e o rótulo são desenhados ao invés do método convencional, colado. Medida essa, que, segundo APAS, se der certo poderá deixar de utilizar até 200 km de plástico com 30 cm por ano, diminuindo emissão de CO ² e 1% de carbono se comparado à etiqueta.
Em uma pesquisa realizada e disponibilizada no site da Tetra Pak, em 12 países, com grandes empresas e consumidor final, concluiu-se alguns pontos principais estabelecidos por eles que são: nos estabelecimentos entrevistados constataram que mais de 90% das suas empresas possuem estratégias ambientais. Assim como, 70% dos influenciadores disseram que o meio ambiente atua no valor da sua marca. Já na entrevista com o consumidor final, o estudo aponta que 80% disseram se preocupar algumas vezes com a embalagem ecologicamente correta, no momento da sua escolha.
A mesma análise também indica que a preocupação e a conscientização sobre as iniciativas sustentáveis tende a crescer.
Da mesma forma, a atenção aos rótulos e os selos que indicam as informações ambientais.
Por fim, o caminho é sem volta. As questões ambientais estão cada vez mais presentes na mente do consumidor que não se preocupa apenas com o produto que está dentro da embalagem, mas com todos os fatores que envolvem um item na hora
da compra.